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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Polícia Militar detém 17 policiais suspeitos de executar assaltante


Sargento confessou o crime, que ocorreu no dia 1º de janeiro.
Oficiais responderão por homicídio e por ter adulterado a cena do crime.


Do G1 São Paulo
A corregedoria da Polícia Militar prendeu, nesta terça-feira (20), 17 policiais militares suspeitos de participar da execução de um integrante de uma quadrilha que explodia caixas eletrônico em São Paulo. Com remorso, um sargento confessou o crime, que aconteceu no 1º de janeiro, segundo informou o SPTV.
As prisões aconteceram depois que o sargento Marcos Akira confessou ter executado Wagner de Souza Ribeiro com dois tiros.
O sargento fazia parte de uma equipe da Força Tática que perseguia ladrões. Os bandidos tinham acabado de explodir caixas eletrônicos de uma agência do Banco do Brasil na Vila Jacuí, na Zona Leste da cidade.
Na fuga, o suspeito se escondeu em uma casa. Em depoimento à corregedoria, o sargento contou que ele e um soldado renderam o rapaz no quarto. Mas ao invés de dar voz de prisão, dispararam seis vezes contra Ribeiro.
Akira revelou ainda que o fugitivo não estava armado e nem resistiu à prisão. Ele também confessou que modificou a cena do crime: colocou um revólver na mão do suspeito e deu dois tiros para simular um confronto que não existiu.
Akira alega ter confessado o crime por motivos religiosos. Ele prestou depoimento acompanhado do pai e de um pastor. Por ordem da Justiça, a corregedoria cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas e no batalhão onde os PMs trabalhavam, e encontrou drogas e armas sem registro.
A Justiça determinou a prisão dos 17 policiais porque todos estavam envolvidos na busca pelos bandidos. Eles vão responder pelo homicídio e por ter adulterado a cena do crime.
A Corregedoria informou na noite desta terça-feira que seis policiais permaneciam presos: dois deles cumprem prisão temporária no Presídio Romão Gomes desde 4 de janeiro e quatro foram presos administrativamente nesta terça por portarem munições de armas de uso restrito.

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