Sem farda e esboçando sorriso, soldado Jason Paschoalino chega ao IML
Já estão presos, por decisão da Justiça Militar de Minas Gerais, o cabo-PM Fábio de Oliveira e os soldados Jason Ferreira Paschoalino, Jonas David Rosa e Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte, do Batalhão Rotam, suspeitos de executar o adolescente Jeferson Coelho da Silva, de 17 anos, e seu tio Renilson Veriano da Silva, de 39, no Aglomerado da Serra, na madrugada de sábado. A versão dos PMs para as mortes é considerada “altamente questionável” pela Corregedoria e apresenta inúmeras contradições em relação às informações levantadas desde o dia do crime.
As prisões foram pedidas diante dos indícios de autoria do crime e para preservar testemunhas e integrantes da comunidade. Como mostrou o Estado de Minas na edição de ontem, moradores já começavam a deixar o aglomerado temendo represálias pelas denúncias contra os policiais. Duas novas provas recolhidas podem complicar ainda mais a situação do quarteto: placas de asfalto em que ficaram marcas de tiros, retiradas da rua em que as vítimas foram mortas, e as armas usadas pelos militares no dia da ocorrência.
Com tempo de corporação entre quatro e 17 anos, os PMs, que ontem passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, permanecerão presos em quatro batalhões na Grande BH – 1º, 36º, 5º e 39º – até a conclusão do inquérito policial militar ou mesmo o julgamento do grupo por duplo homicídio, caso sejam denunciados pelo Ministério Público. Os militares foram ouvidos na sede da Corregedoria e, às 14h30, o juiz Marcelo Adriano Menacho dos Anjos deferiu o pedido de prisão preventiva apresentado pelo presidente do inquérito, tenente-coronel Rinaldo Azevedo. “Há provas da materialidade e indícios suficientes da autoria para a prisão”, afirmou o chefe da Corregedoria, coronel Hebert Souto Silva.
A contradição apresentada pelos policiais em relação ao depoimento de uma testemunha ocular e às provas materiais é um dos motivos para a prisão. O relato deles dá conta de que os PMs da guarnição teriam sido surpreendidos por disparos de um grupo de cerca de 15 homens, fardados com roupas do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate). Os PMs ainda contaram ter reagido à ação dos suspeitos e, mesmo em número quatro vezes inferior, conseguiram matar dois deles. A ação teria sido tão eficaz que apenas um dos militares teria sido alvejado por um tiro, que teria acertado o colete à prova de balas.
A versão da principal testemunha do caso, ouvida pelo EM e pelos investigadores, dá conta de fatos bem diferentes. Segundo ela, ao se deparar com os dois moradores voltando para casa, os militares os teriam confundido com traficantes de quem pretendiam cobrar propina. Revoltados com a falta de pagamento, eles teriam executado sobrinho e tio.
Ainda de acordo com essa versão, após a dupla execução, já informados de que tinham matado inocentes, os PMs teriam limpado o local do crime, levando os corpos para um hospital. A simulação da tentativa de socorro, na verdade, teria o objetivo de impedir o trabalho da perícia no local do crime. Postado: administrador do blog |
onde estao os direitos homanos o cabofsbiomorreuonde esa o sr durval angelo sera que se dignou a fazer uma visita a familiares docabofabioacordempms de minas vamos sair da inercia e cobrar opreco dop nossdo trabalho
ResponderExcluir