O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, transferiu a delegada Maria Inês Trefiglio Valente da diretoria da Corregedoria-Geral da Polícia Civil para a Delegacia-Geral de Polícia Adjunta. De acordo com comunicado oficial, quem responderá pela corregedoria é o delegado Delio Marcos Montresor. As informações são do Portal G1.
Maria Inês defendeu a atuação dos delegados que tiraram à força as roupas de uma ex-escrivã investigada por corrupção, ao dizer que eles agiram "dentro do poder de Polícia". O comunicado da secretaria, porém, não cita o caso como causador direto da transferência.
Ferreira Pinto já havia determinado o afastamento de dois delegados da Corregedoria que aparecem no vídeo. Segundo a secretaria, um terceiro delegado que também esteve envolvido na ação não integra mais os quadros do departamento.
O caso
A ex-escrivã, acusada de cobrar R$ 200 de um suspeito de porte ilegal de arma para favorecê-lo no inquérito, teve a calça e a calcinha arrancadas à força na presença dos delegados da Corregedoria, de uma policial militar e uma guarda-civil no 25º Distrito Policial, em Parelheiros, no dia 15 de junho de 2009.
A ex-escrivã, acusada de cobrar R$ 200 de um suspeito de porte ilegal de arma para favorecê-lo no inquérito, teve a calça e a calcinha arrancadas à força na presença dos delegados da Corregedoria, de uma policial militar e uma guarda-civil no 25º Distrito Policial, em Parelheiros, no dia 15 de junho de 2009.
Ela se recusou a tirar a roupa na frente de homens e disse que só se despiria na presença de mulheres. Mas um dos delegado disse que era preciso a presença dele na sala para que a escrivã não alegasse que a PM e a Guarda Metropolitana forjaram a prova do crime, caso encontrassem algum dinheiro com ela.
Mesmo sem a presença de uma policial feminina da Corregedoria, os policiais homens algemaram a então escrivã com as mãos para trás, a jogaram no chão, a seguraram e baixaram suas roupas, deixando-a nua da cintura para baixo. A ação foi gravada pela Corregedoria. Doze minutos do vídeo caíram na internet.
O delegado responsável pela investigação aparece no vídeo com quatro notas de R$ 50 após a ex-escrivã ficar seminua. A Corregedoria arquivou o processo contra os policiais, considerando que eles agiram com "moderação". A dupla alegou que o vídeo mostra as tentativas para que ela se deixasse revistar sem o uso da força.
Dupla humilhaçãoA acusada cursava o 5º ano de Direito na época. Ela já respondeu a processo administrativo e foi exonerada da Polícia Civil em outubro de 2010. O advogado da ex-escrivã tenta reverter sua exoneração e o inquérito criminal ainda corre na Justiça. A primeira audiência do caso só deverá ocorrer em maio, conforme seus advogados.
"Foi um excesso desnecessário. Ela só não queria passar pelo constrangimento de ficar nua na frente de homens", disse o advogado Fábio Guedes da Silveira. Em entrevista ao G1, a acusada afirmou que se sente humilhada em dobro com a veiculação do vídeo na internet com a cena dentro da delegacia. "É uma dupla humilhação, no dia e agora."
Pessoal, por favor, isso é verdade: A acusação contra essa moça foi FORJADA. Além dela ter sido acusada injustamente, ela foi humilhada, torturada, ficou presa por um crime que não cometeu, foi expulsa da polícia e ainda está sendo cruxificada por um monte de gente desinformada... Leiam o blog do jornalista Fábio Pannunzio e SAIBAM A VERDADE!!!!
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