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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Versão da PM de que suspeitos usavam fardas no aglomerado é fantasiosa

 
A versão deveria ser oficial, mas, de acordo com fontes da Polícia Civil, é fantasioso o relato dado pelos policiais do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) sobre o duplo homicídio ocorrido na madrugada de sábado no Aglomerado da Serra. Conforme militares, o auxiliar de padeiro Jeferson Coelho da Silva, de 17 anos, e o tio dele, o técnico de enfermagem Renilson Veriano da Silva, de 39, estariam carregando fardas e fariam parte de um grupo de criminosos que abriu fogo contra os PMs durante patrulhamento no local. Contrário, o entendimento da Civil pode dar outro encaminhamento às investigações. “Mataram inocentes e, por isso, está havendo esse clamor popular no aglomerado. A comunidade não iria brigar porque bandidos morreram. Essa história de que eles estavam com fardas de policiais é fantasiosa”, diz a fonte que pediu anonimato.

Entre moradores do aglomerado e familiares, a versão da Civil é unânime. “Tudo o que a PM falou é asneira. A história da farda é plantada. Viram que o Renilson era irmão de policial e inventaram. Se eles estivessem com as fardas, elas estariam com sangue e cheias de marcas de tiro”, diz Jailson Veriano, de 30, tio de Jeferson e irmão de Renilson. Segundo ele, os parentes estariam em um baile e, quando voltavam para casa, foram surpreendidos pelos PMs, que chegaram atirando sem perguntar. Ontem, a Corregedoria da Polícia Militar abriu inquérito para apurar o caso. “O trabalho ainda é preliminar, as testemunhas não foram ouvidas”, afirmou o tenente-coronel Alberto Luiz Alves, da comunicação da PM. Moradores que atestam que a execução partiu dos militares procuraram a Polícia Civil para dar depoimento.
Atento ao andamento das investigações, o promotor de Justiça Joaquim Miranda Júnior, que coordena o Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público Estadual (MPE), afirma que é cedo para dizer se houve culpa ou inocência por parte da PM. “Já tive acesso a algumas informações, mas ainda não temos elementos para dizer se a versão dos militares é ou não fantasiosa. Tomaremos as medidas necessárias para que os culpados sejam punidos.”

Proteção

Apesar de já terem prestado depoimento, nenhuma das testemunhas estava incluída no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas do Ministério da Justiça, segundo Miranda Júnior. “ Caso peçam proteção, o pedido será analisado rapidamente e a pessoa pode ser atendida no mesmo dia.” O promotor de Controle Externo da Fiscalização Policial do MPE, Rodrigo Filgueiras, alertou que “aqueles que se sentirem ameaçados devem pedir proteção aos órgãos compententes., que também devem estar atentos.”


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