Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

LIBERDADE...




*Wilson Cláudio Oliveira Mendes


Foi esse ideal que as Praças da Polícia Militar de Minas Gerais marcharam em 1997, sendo denominado Movimento Cívico das Praças da PMMG de 1997, que ocorrera a primeira marcha em 13 de julho de 1997.


Rompendo-se com mais de dois séculos de silêncio, aonde tudo era suportado de forma calada, num sistema perverso, arcaico e antagônico aos princípios fundamentais consagrados na Constituição da República. Sistema esse que intimida e impõe uma subserviência muda, sufocando-lhes os anseios e melhorias das qualidades de trabalho e de vida.

Iniciou-se a caminhada com primeiros passos rumo à inexistente cidadania, de desmandos, arbitrariedades e abusos, de igual modo, teve início ao processo de se erradicar com várias intimidações do tipo: “ cala a boca se não eu te prendo”, dentre outras mais.

Com o Movimento Cívico das Praças da PMMG de 1997, embora tenha ocorrido a morte do nosso companheiro Cabo Valério que emprestou seu sangue à nobre causa da luta pela liberdade, e a exclusão de 187 policiais militares, mas houve ganhos, que podemos pontuar uma das maiores, a revogação do R-116 ou ‘amarelinho’, jargão dos quartéis, o draconiano Regulamento Disciplinar da PM – RDPM, e a implementação do Código de Ética e Disciplina dos Militares de Minas Gerais - CEDM, através da Lei 14.310/02.

Mas houve demais avanços: valorização profissional e salarial, promoção por tempo de serviço, representação política, e a politização da Tropa, que marchou não apenas por melhoria salarial mas em defesa de sua dignidade e cidadania.

Sabemos que a caminhada ainda continua, temos muito ainda que avançar na erradicação das mazelas, despotismos e arbitrariedades, mas iniciamos a caminhada, e temos de velar pelas conquistas e termos a convicção que o preço de nossa liberdade é nossa hodierna vigilância.
1997, o ano que ainda não acabou...

*2º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar Minas Gerais, Protagonista do Movimento Cívico das Praças da PMMG de 1997, um dos 187 policiais militares excluídos, Bacharel em Direito PUC Minas.

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