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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

'Não é correto' comparar 'black blocs' a facção criminosa, diz secretário


ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse nesta quarta-feira (14) que "não é correta" a comparação feita pela Polícia Militar de manifestantes adeptos da tática "black bloc" (depredação como forma de protesto) com criminosos da facção criminosa PCC.
Por isso, Moraes afirma ter determinado a remoção imediata do conteúdo das redes sociais e, ainda, a implantação de regras para utilização das contas institucionais.
"Qualquer opinião pessoal de algum policial, ou de alguém da assessoria da PM, deve ser colocado em Facebook próprio dessa pessoa. No Facebook institucional serão colocado dados e informações objetivas", disse ele durante cerimônia de posse do novo comandante da PM paulista.
A PM fez uma comparação entre os manifestantes e criminosos no Facebook no nome da corporação com uma montagem com fotos de jovens mascarados em um protesto e criminosos em uma rebelião. "Qual é a diferença? Vandalismo é crime!", questiona a legenda da imagem.
O PCC é a principal facção criminosa do país que, entre outros crimes, é apontada como responsável pelo assassinato de dezenas policiais militares e civis em São Paulo desde 2006.
Já os adeptos da tática "black bloc" costumam ser anarquistas, pichadores e punks que ganharam destaque nos protestos de 2013.
O novo comandante da PM, o coronel Ricardo Gambaroni, disse que foi "infeliz" a escolha da imagem utilizada, mas disse que a intenção não era fazer uma comparação entre manifestantes e criminosos. "Era apenas provocar uma reflexão, mas acabou tomando uma dimensão diferente. Não foi feito com dolo. Quem colocou aquilo talvez não teve a maldade de ver que aquilo poderia ter uma conotação diferente", disse.

Em rede social, PM de SP compara 'black blocs' a facção criminosa

ARTUR RODRIGUES
LÍGIA MESQUITA
DE SÃO PAULO

A Polícia Militar comparou em sua página do Facebook os adeptos da tática "black bloc" (depredação como forma de protesto) aos criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A corporação fez uma montagem mostrando jovens mascarados em um protesto e bandidos em uma rebelião, como revelou o site "Ponte". A imagem tem a seguinte legenda: "Qual é a diferença? Vandalismo é crime!".
O PCC é a facção que domina a maioria dos presídios do Estado de SP.
Já os adeptos da tática "black bloc" costumam ser anarquistas, pichadores e punks que ganharam destaque nos protestos de 2013.
As críticas foram feitas na sexta (9), dia de ato promovido pelo MPL (Movimento Passe Livre) contra a alta das tarifas de transporte público.
No protesto, bancos e concessionárias foram atacados, imóveis foram pichados e houve tentativa de incêndio a um ônibus.
O perfil da PM chama os manifestantes mascarados de criminosos e diz que estão "infiltrados em meio a pessoas de bem que reinvindicam (sic) um Brasil melhor".
Reprodução
Imagem do Facebook da Polícia Militar de São Paulo compara 'black blocs' à facção criminosa
Imagem do Facebook da Polícia Militar de São Paulo compara 'black blocs' à facção criminosa

A crítica foi feita também na conta oficial do Twitter da corporação (@pmesp), que tem 76 mil seguidores e segue, entre outros, a atriz Giovanna Antonelli e o humorista Rafinha Bastos.
Ao postar foto de manifestantes com camisetas cobrindo o rosto, a PM escreveu: "Pessoas que escondem o rosto em uma manifestação guarda [sic] maldade no coração. Destroem nosso patrimônio e coloca [sic] a vida de pessoas inocentes em risco".
Em outra imagem mostrando uma pedra no chão, a PM indaga: "Atacaram [sic] pedras em viatura da Polícia Militar. Isso é democracia?".
Ao retrucar a crítica de um usuário do Twitter sobre a ação, a corporação postou: "Sobre polícia e futebol qualquer leigo se acha técnico".
Neste ano, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) mudou a cúpula da Segurança Pública. Ricardo Gambaroni assumiu o comando da PM.
Indagada sobre a comparação entre "black blocs e" o PCC, a PM disse que "não faz afirmações nem julgamentos" na postagem. "Apenas faz uma pergunta que convida à reflexão os internautas."
A corporação diz defender a liberdade de expressão, "inclusive a nossa", e que sua premissa em redes sociais é "transmitir informações úteis para seus seguidores".

Transcrito da Folha de São Paulo ; nos termos do artigo 46 da Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998.‏

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