Família contesta versão da PM do Rio de Janeiro e classifica como “absurda” afirmação de que garoto de 11 anos tinha relações com o tráfico de drogas
A morte do garoto Patrick Ferreira, de 11 anos, está bastante controversa e tem sido motivo de revolta para moradores e familiares da vítima. Ele foi atingido por tiros no Complexo do Lins, no Rio de Janeiro, durante tiroteio entre supostos criminosos e policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Camarista Méier, na quarta-feira (15/01).
O menino foi achado caído e a polícia afirmou ter encontrado com ele uma mochila cheia de droga, dinheiro, uma pistola e um rádio transmissor.
O pai contou que assim que foi socorrer o filho, depois que os vizinhos o avisaram, o policial mostrou uma arma e disse que era de Patrick. No entanto, essa arma sumiu e depois mostraram uma outra dizendo que era do menino. Daniel Serqueira disse ainda que, inicialmente, os policiais impediram o acesso ao corpo alegando que estava muito tumulto.
A irmã, Scarlet Ferreira, afirmou que ele não estava armado e baseia-se nisso porque o irmão nunca teve qualquer envolvimento com o tráfico. Ela classificou como absurda a versão da polícia.
“Ele era dono do morro? Como pode? Ele só tinha 11 anos. Como ia carregar tanta coisa. Ele estava soltando pipa”, disse Scarlet.
Patrick será enterrado no sábado (17/01), dia do seu aniversário. A família preparava uma festa surpresa.
A Coordenadoria de Polícia Pacificadora reafirmou que a vítima estava armada e que o caso é investigado pelo 25ª DP (Engenho Novo). Os policiais envolvidos na operação já prestaram depoimento.
Com informação: Ponte
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