Investigação foi concluída com base em reconstituição e provas, diz polícia.
Garoto de seis anos foi atingido por tiro em abordagem policial em fevereiro.
A Polícia Civil em Uberaba concluiu, nesta segunda-feira (16), investigação sobre a morte de um garoto de seis anos em Delta e vai indiciar o policial militar autor do disparo por homicídio culposo. O garoto foi morto quando a Polícia Militar abordava o pai e outro homem por suspeita de envolvimento no tráfico de drogas.
O G1 entrou em contato com o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, tentente-coronel Waldimir Ferreira, que afirmou que a Justiça Militar não interfere mais no caso. Segundo ele, conforme os procedimentos comuns nestes casos, a constatação deve ser encaminhada para a Justiça, em seguida é feita a denúncia pelo Ministério Público e o juiz analisa. A pena militar para o acusado dependerá da condenação judicial.
O G1 também tentou contato com o advogado do militar, mas as ligações não foram atendidas.
De acordo com o delegado que acompanhou o caso, Diego Lodi, foi realizada reconstituição do crime no dia 26 de fevereiro. A reconstituição, juntamente com as provas produzidas no inquérito policial, deram suporte para o relatório final sobre o caso. O militar estava em liberdade provisória, conseguida em fevereiro e será indiciado pelo crime de homicídio culposo.
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Entenda o caso
O disparo foi efetuado durante abordagem de militares para averiguar envolvimento do pai, de 26 anos, no tráfico de drogas no Bairro Novo Horizonte. "Eles cercaram a residência e o suspeito tentou fugir. A versão do militar é de que houve um disparo acidental, atingindo o menino que estava em um matagal no fundo da casa", contou o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), tenente-coronel Waldimir Soares Ferreira.
O pai e outro jovem, também de 26 anos, que teria adquirido drogas foram detidos. Ambos foram ouvidos na Delegacia de Polícia Civil de Uberaba e depois encaminhados à penitenciária, conforme informou a delegada Vivian Borges.
O corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Uberaba, onde passou por necropsia liberado na manhã de domingo (8) e sepultado no mesmo dia.
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