Com todos os estudos, estatísticas oficiais, e pesquisas comprovando a ineficácia da medida, e a praxis policial demonstrando exatamente o contrário, e sem nenhum projeto relevante para a segurança pública, e para a valorização dos policiais militares, deputados, e ex-deputados, movidos por pretensões e interesses eleitorais, e desejo de poder, assumem discurso reacionário, "e politicamente correto" de que está ao lado do povo, ao defender mudanças no estatuto do armamento, na redução da menoridade penal, no ciclo completo de polícia para a Polícia Militar, entre outros.
No ambiente democrático, a regra é respeitar as opiniões dos que defendem o discurso do "direito de defesa", mas discordamos do discurso fácil, simplista, reducionista e populista dos que são favoráveis ao direito ao porte de arma, o que inclusive não é vedado ao cidadão de bem na atual legislação.
Dissimulam e embalam o discurso nas ondas da demagogia, do medo e da insegurança, com a agravante de tratar-se de policiais, já em franca campanha e com pretensões eleitorais, mas não apresentam nenhuma fundamentação científica e técnica, e ainda reforçam e legitimam a omissão do estado, transferindo para o cidadão a responsabilidade e os riscos de que com tal mudança estará seguro e em condições de se defender.
E se "nossos lares estão sem proteção", não será disseminado uma cultura beligerante, de resolução dos graves problemas da segurança pública com armas, e de mais violência que mudaremos o cenário e o clima de insegurança que assola e amedronta a sociedade.
A falácia de que com armas se estará mais seguro somente atende ao interesse da indústria de armas. Infelizmente é o preço que pagamos pelo financiamento privado de campanha, em que prevalece os interesses econômicos em detrimento da vida, sublinhando e reforçando a ausência de políticas de segurança pública e de valorização dos policiais e de sua atividade.
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