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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Deputado de 21 anos cobra mais cargos para o PMDB


Parlamentar mais jovem de todo o Congresso, Hugo Motta (PMDB-PB) diz que partido precisa ter mais espaço no governo por ter ajudado a eleger Dilma. Deputado é mais novo do que a Constituição
Divulgação
Nascido no ano em que Lula disputou sua primeira eleição presidencial, deputado Hugo Motta diz que PMDB quer sua "fatia do bolo" no governo Dilma
Mais novo do que a própria Constituição, que o autoriza a exercer mandato parlamentar aos 21 anos, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) defende o apetite de seu partido por cargos estratégicos na administração pública federal. Rosto mais jovem da legislatura (2011-2015) iniciada no último dia 2, Hugo chega ao Parlamento conduzido por 86 mil eleitores para reforçar a equipe de 78 deputados e 20 senadores do PMDB – partido que disputa com o PT o posto de maior bancada no Congresso.
Poderio que, se garante o relativo conforto governista em relação aos interesses do Planalto, implica um preço a ser pago pelo próprio Planalto na hora de “dividir o bolo” do poder. “Se nós somos o maior partido do Brasil, se temos o maior número de senadores, temos vários aliados, várias pessoas importantes para nosso partido que precisam participar do governo, porque nós trabalhamos para esse governo estar onde está”, resume o deputado, em reposta às críticas sobre o apetite voraz do PMDB por altos cargos no Executivo.
Na avaliação dele, o partido está certo ao reivindicar mais espaço no governo da primeira presidenta eleita do país. “Participamos desta vitória de Dilma, e nada mais justo do que termos a nossa parte, termos a nossa fatia do bolo. Nós contribuímos diretamente para que ela fosse a nova presidenta do Brasil”, arremata Hugo, filiado ao PMDB desde 2005.
O deputado acredita que, agora que tem um vice-presidente da República entre seus quadros, o “grande PMDB” tem mais autoridade para ocupar espaços no poder. “Hoje nós somos governo de fato, e estamos aqui para apoiar a base aliada do governo, mas seguindo a orientação do nosso partido, que é o grande PMDB”, observa.      
Estudante de Medicina, o parlamentar nascido em 11 de setembro de 1989 (a Constituição foi promulgada em 5 de outubro de 1988) vem de família tradicional na política, e diz se orgulhar não só dos ascendentes, mas também da história recente de seu partido. “Tenho o prazer e o orgulho de o meu avô, Edvaldo Motta, ter sido deputado constituinte do PMDB naquele momento importante da democracia brasileira”, declara, referindo-se ao período de redemocratização que culminou com a elaboração do texto constitucional.

A política parece mesmo estar no DNA de Hugo Motta: pelo lado materno, é neto do ex-deputado Edvaldo Motta e da deputada estadual Francisca Motta (PMDB). O pai dele, Nabor Wanderley, é prefeito de Patos (PB) pela segunda vez, cargo já ocupado pelo avô paterno do deputado há mais de quatro décadas.
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Confira a entrevista na íntegra do deputado mais jovem:
Congresso em Foco – Como é compor a Câmara na condição de mais novo parlamentar da atual legislatura?
Hugo Motta –
É uma responsabilidade muito grande. O destino e Deus quiseram que eu o fosse deputado mais novo do Congresso e da história. Mas isso não é motivo de orgulho, nem de vaidade. Para mim, é motivo de maior responsabilidade, já que, por causa desse título, os órgãos de imprensa e as organizações da sociedade em si passam a acompanhar o trabalho mais de perto. É um estímulo para que eu possa cada vez mais trabalhar em prol da Paraíba, que me elegeu, e do Brasil. Vamos continuar nessa luta, com esse compromisso de trabalhar e nos dedicar para que a gente possa dar o nosso melhor, contribuindo para que o Brasil continue crescendo, se desenvolvendo.
De alguma forma se sente intimidado em uma Casa repleta de deputados experientes?Olha, uma coisa é você se sentir intimidado. A outra é você ter humildade para aprender. Então, nós temos a intimidade necessária para aprender. Agora, intimidado, não. Vamos chegar aqui com a cabeça erguida, porque somos eleitos pelo voto do povo, um voto legítimo de mais de 86 mil paraibanos. Nosso compromisso de trabalhar e nos dedicar está mantido. Tenho humildade para dizer que quero aprender – o que é bom – com os mais experientes. Também temos a consciência necessária de que precisamos inovar, buscar cada vez mais fazer o melhor. O povo do Brasil precisa de políticos sérios, que tenham interesses públicos acima de todos os interesses.
Como integrante da base, que relação o senhor espera ter com a presidenta Dilma Rousseff?Espero uma relação muito boa. Temos o nosso vice-presidente, Michel Temer, participando da administração. Hoje nós somos governo de fato, e estamos aqui para apoiar a base aliada do governo, mas seguindo a orientação do nosso partido, que é o grande PMDB.
Nos últimos anos, a ampla maioria governista na Câmara conseguiu diversas aprovações importantes, mas algumas proposições de interesse do Planalto emperraram ao chegar para a apreciação do Senado – ou mesmo foram rejeitadas pelos senadores, graças à composição anterior. Como a base pode mudar essa situação?A gente sabe que tanto a Câmara quanto o Senado têm um papel importante em aprovar medidas provisórias, projetos de lei. São questões importantes para o Brasil. Claro, apoiamos a base do governo, mas vamos procurar seguir as orientações partidárias, porque o PMDB está aqui para julgar: o que for bom para o Brasil, vamos apoiar. O que não for, vamos discutir e encontrar uma solução necessária, porque o povo do Brasil merece respeito, e nós estamos aqui para levantar a bandeira do povo, acima de tudo.
Como o senhor enxerga o atual momento vivido por seu partido, o PMDB?O PMDB tem uma história muito bonita no Brasil, desde o MDB. Participou da Constituição diretamente. Tenho o prazer e o orgulho de o meu avô, Edvaldo Motta, ter sido deputado constituinte do PMDB naquele momento importante da democracia brasileira. Nós estamos aqui justamente para continuar essa tradição do PMDB, partido que tem serviços prestados ao Brasil. É o maior partido do Brasil e, falando do meu estado, é o maior partido da Paraíba. Vamos continuar com essa bandeira, honrando os princípios que foram iniciados por nossos antecessores, mantendo a chama do nosso partido acesa. Estamos dando continuidade a uma história muito bonita, que foi iniciada há bem pouco tempo. Nós agora somos responsáveis por fazer com que ela continue, e o Brasil, no final, seja o maior beneficiado com essa nossa atuação.
Como o senhor responde às críticas de que o PMDB é um partido gigante em busca de mais cargos?As exigências do PMDB são de acordo com o seu tamanho. Se o PMDB tem muitos cargos, é porque é um partido grande. Nós somos o maior partido do Brasil. Então, se nós somos o maior partido do Brasil, se temos o maior número de senadores – e agora perdemos a condição de maior número de deputados para o PT, mas ainda somos a segunda maior bancada, com quase 80 deputados na Casa –, temos vários aliados, várias pessoas importantes para nosso partido que precisam participar do governo, porque nós trabalhamos para esse governo estar onde está. Participamos desta vitória de Dilma e nada mais justo do que termos a nossa parte, termos a nossa fatia do bolo. Nós contribuímos diretamente para que ela fosse a nova presidenta do Brasil.
Qual será a sua linha de atuação na Câmara?Nós vamos atuar na área de educação, porque eu sou jovem e a educação é o grande trampolim da sociedade que quer se desenvolver. Vou atuar lutando por mais universidades, mudando a situação das universidades do Brasil. Por mais escolas técnicas. Vou atuar também no quesito de combate às drogas. Nós do poder público não podemos mais fugir desse problema, temos de enfrentá-lo. E também lutar pela valorização dos profissionais da área da saúde. Eu sou estudante de medicina, conheço a realidade do setor e sei que ele precisa de uma maior valorização e de uma melhoria no atendimento às pessoas. Vamos lutar por mais unidades de pronto atendimento, que foram implantadas agora pelo presidente Lula. E também vamos lutar pelo aporte de recursos para municípios, porque eu sou de um estado carente, que precisa de apoio do governo para receber recursos – para que obras importantes sejam realizadas e, no final, possamos conseguir melhorar a qualidade de vida das pessoas. Tenho certeza de que esse é nosso maior compromisso aqui no Congresso Nacional.

Fonte: congresso em foco

Postado: administrador do blog 

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