Foram 3.957 ocorrências no mês passado, contra 3.401 no janeiro
anterior. Como consequência dos crimes, 160 pessoas morreram
assassinadas na capital e seus arredores nos últimos 30 dias, uma média
de cinco óbitos por dia. No mesmo período de 2012, foram 159 ocorrências
de homicídio – na época, a Seds não divulgava o número de vítimas.
Mau exemplo. Entre as cidades com os piores índices
da região está Contagem, que apresenta um dos mais significantes
aumentos de violência. O número de homicídios cresceu 41%, e o de crimes
violentos em geral, 39,7%. Já os casos de roubo e extorsão mediante
sequestro tiveram um crescimento mais elevado (43%), passando de 504
registros em 2012 para 721 neste ano.
A média é de 23 assaltos ou extorsões por dia na cidade, alguns deles resultando em morte, como ocorreu com Guilherme Monteiro de Jesus, 19, na noite de domingo. Ele foi assassinado com um tiro na cabeça, no bairro Cidade Industrial, em Contagem. Segundo a Polícia Militar, o jovem acelerou o Palio que conduzia ao ser abordado por três homens. A suspeita é de que ele tenha reagido a uma tentativa de assalto.
O chefe da Seção de Planejamento e Operações da 2ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp) da PM, major Carlos da Costa, afirmou que o combate aos crimes em Contagem é dificultado pelo fato de eles não estarem concentrados em bairros específicos. “Essa é uma característica do tráfico no município, ele é pulverizado. As quadrilhas estão migrando constantemente”, disse.
A PM não informou o efetivo da região metropolitana, nem se há perspectiva de ampliação da equipe. Segundo o major, os policiais têm intensificado a presença nas ruas, como forma de intimidar os bandidos. “Já a prisão é mais difícil, precisa de trabalho de inteligência da polícia e mandado de prisão da Justiça, o que leva tempo”, argumentou.
O titular da Seds, Rômulo Ferraz, foi procurado, mas, segundo sua assessoria de imprensa, ele não tinha horário na agenda para entrevistas. (Com José Vitor Camilo/Especial para O TEMPO)
A média é de 23 assaltos ou extorsões por dia na cidade, alguns deles resultando em morte, como ocorreu com Guilherme Monteiro de Jesus, 19, na noite de domingo. Ele foi assassinado com um tiro na cabeça, no bairro Cidade Industrial, em Contagem. Segundo a Polícia Militar, o jovem acelerou o Palio que conduzia ao ser abordado por três homens. A suspeita é de que ele tenha reagido a uma tentativa de assalto.
O chefe da Seção de Planejamento e Operações da 2ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp) da PM, major Carlos da Costa, afirmou que o combate aos crimes em Contagem é dificultado pelo fato de eles não estarem concentrados em bairros específicos. “Essa é uma característica do tráfico no município, ele é pulverizado. As quadrilhas estão migrando constantemente”, disse.
A PM não informou o efetivo da região metropolitana, nem se há perspectiva de ampliação da equipe. Segundo o major, os policiais têm intensificado a presença nas ruas, como forma de intimidar os bandidos. “Já a prisão é mais difícil, precisa de trabalho de inteligência da polícia e mandado de prisão da Justiça, o que leva tempo”, argumentou.
O titular da Seds, Rômulo Ferraz, foi procurado, mas, segundo sua assessoria de imprensa, ele não tinha horário na agenda para entrevistas. (Com José Vitor Camilo/Especial para O TEMPO)
ESTATÍSTICA
A Secretaria
de Estado de Defesa Social (Seds) corrigiu, a partir de janeiro, o que,
segundo especialistas em segurança pública, era uma maneira de “jogar
para baixo o índice de violência” em Minas. Ao invés de divulgar apenas o
número de ocorrências de assassinato, passou a divulgar o de vítimas, o
que já acontece em outros Estados, como São Paulo. Antes, por exemplo,
uma chacina, com cinco mortes, era contabilizada apenas como um
homicídio.
No mês passado, 364 pessoas morreram vítimas de violência no Estado,
segundo o relatório da Seds. Já os registros de homicídio totalizaram
355. O número de vítimas também é maior que o de ocorrências na região
metropolitana, que registrou 160 vítimas contra 155 notificações do
crime.
“O número de vítimas é um dado que facilita a compreensão do público sobre a criminalidade em sua cidade. O Estado tem o dever de divulgá-lo para a população”, afirmou o especialista em segurança pública Robson Sávio.
Segundo o sociólogo, quanto mais detalhamento estatístico houver, com discriminação inclusive da idade das vítimas e do local do crime, melhor será a análise para a elaboração de ações de prevenção. “Não basta divulgar dados, é preciso estudá-los para elaborar estratégias”. (LC)
“O número de vítimas é um dado que facilita a compreensão do público sobre a criminalidade em sua cidade. O Estado tem o dever de divulgá-lo para a população”, afirmou o especialista em segurança pública Robson Sávio.
Segundo o sociólogo, quanto mais detalhamento estatístico houver, com discriminação inclusive da idade das vítimas e do local do crime, melhor será a análise para a elaboração de ações de prevenção. “Não basta divulgar dados, é preciso estudá-los para elaborar estratégias”. (LC)
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