A Defensoria Pública de São Paulo apresentou uma denúncia
administrativa, nesta quinta-feira (14), à Secretaria de Estado da
Justiça e da Defesa da Cidadania contra a ordem do comando da PM de Campinas (SP) que orientou policiais a focar abordagens em pessoas negras e
pardas. O pedido, assinado pelo capitão Ubiratan de Carvalho Góes
Beneducci, foi enviado no fim de dezembro e valeu até o dia 21 de
janeiro. A PM classificou, à época, o episódio como "deslize de
comunicação".
Segundo a Defensoria, além da denúncia administrativa, que propõe
advertência, multa e penalidades disciplinares para servidores que
cometam criem de racismo, os defensores também apresentaram no mês de
fevereiro representações junto ao Ministério Público para que seja
instaurado um inquérito policial sobre o crime de racismo.
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De acordo com o defensor autor da denúncia, a concretização da ordem
dada pelo oficial da PM, “implica, necessariamente, em intimidação,
constrangimento e vexame aos cidadãos negros". Já o defensor autor da
representação argumentou que a ordem "identifica a imagem do cidadão
negro com a de criminosos, o que é inadmissível".
A assessoria de imprensa da PM informou, por meio de nota oficial, que
só irá se pronunciar no "momento oportuno". À época em que a ordem
vazou, o porta-voz da instituição, o capitão Eder Antonio de Araújo,
disse que as características citadas na ordem foram baseadas em uma
carta de moradores do Taquaral, que descreviam um grupo que praticava
roubos a residências.
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