É possível perceber que tanto o relator (Leonardo
Quintão, PMDB - MG), quanto o presidente
e vice (Gabriel Guimarães, PT - MG e Marcos Montes,
PSD - MG), foram reeleitos e continuaram em
seus postos, somando dessa vez, além de valores
absolutos maiores, valores relativos às doações
de empresas ligadas à mineração também mais
altos.
No caso do relator, Dep. Leonardo Quintão,
os números absolutos mais que dobraram, e os
relativos às empresas ligadas a mineração foram
de 18% para 42% do total. Coincidentemente
ou não, a maioria dessas doações foi indireta, ou
seja, as empresas doaram para o partido e esse
realizou o repasse para o candidato. Em 2010,
esse processo garantia o anonimato; em 2014, o
mesmo não ocorreu.
O caso do presidente e do
vice-presidente não foi diferente, ambos passaram
de uma arrecadação relativa de aproximadamente
5% em 2010 para 20% em 2014, somando doa-
ções diretas e indiretas provenientes de empresas
ligadas ao setor mineral. Dos 27 deputados titulares
da comissão, apenas 7 não receberam doa-
ções dessas empresas, o restante recebeu, sendo
que a metade desses receberam 20% ou mais.
O
caso mais alarmante foi o do Deputado Guilherme
Mussi (PP-SP) que obteve nada menos que 77%
da sua campanha milionária proveniente das
empresas ligadas à mineração.
Além dos deputados titulares, os
suplentes também foram analisados e os resultados
foram bem diferentes: dos 25 parlamentares,
11 receberam doações de empresas ligadas à
mineração e, entre estes, apenas o deputado Sérgio
Vidigal (PDT-ES) arrecadou de 20% do setor
mineral. Os GRÁFICOS 1 E 2 deixam essa comparação
mais visível.
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