Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A quem interessa o confronto entre a polícia e a comunidade da Serra?

Nos últimos dias a imprensa tem mostrado imagens de vários confrontos entre a comunidade do aglomerado da Serra e policias militares. O fato aconteceu em razão da ocorrência que se iniciou na madrugada de sexta (19/02) para sábado (20/02) que culminou com a morte de duas pessoas, moradores da região.

Não quero, inicialmente, entrar no mérito da ocorrência policial, pois o inquérito já foi aberto para apurar as circunstâncias do fato.
Pelo que conheço da polícia militar, sei que o comando não “compraria” uma briga com a sociedade para tentar ajudar os policiais. Seria muito mais provável, a polícia, na tentativa de dar uma resposta a comunidade da Serra, condenar os policiais pelo fato. Alguns pontos precisam ser observados de forma clara, sem qualquer tipo de emoção.
Somente a perícia poderá comprovar, através do exame residuográfico, se as duas pessoas que morreram, atiraram contra os policiais militares. Por outro lado, o exame balístico, que será realizado no colete, de acordo com a ocorrência, irá determinar se aquele projétil partiu ou não das armas apreendidas.
Portanto só o inquérito policial bem apurado poderá determinar as circunstâncias do ocorrido e assim punir os culpados. Acontece que o fato vem me chamando a atenção. É óbvio que a população está abalada emocionalmente com os acontecimentos, afinal um dos mortos era um jovem de 17 anos que dançava na comunidade, ou seja, era conhecido de todos
Lamentavelmente, algumas pessoas estão tentando explorar politicamente o acontecido e fazer a “política da desgraça alheia”.
As cenas são muito fortes, jovens da comunidade aparecem jogando pedras nos policiais. Ora, se uma daquelas pedras acerta os olhos ou até a coluna de um policial, o mesmo pode ficar com sequelas irreversíveis. Por outro lado, os policiais responderam com tiros de bala de borracha, que por sua vez, dependendo do lugar onde acerta, pode deixar também graves consequências.
Informações dão conta de que os traficantes do aglomerado estão incitando a comunidade, em sua maioria, jovens, contra os policiais, para que a polícia fique fora do morro.
A quem interessa este confronto? À polícia não interessa, pois coloca em risco a sua principal arma, que são as denúncias através do 181. Serviço que motiva várias prisões de bandidos da região. À comunidade de bem também não interessa, pois ela não que ficar a mercê das regras ditadas pelo crime. O confronto interessa a alguns políticos que, irresponsavelmente, querem tirar conclusões precipitadas através de discursos fáceis. E, sobretudo, interessa aos traficantes, pois a incitação afasta a presença policial da comunidade.
Até que ponto devemos aceitar que a busca pela paz e pela justiça se dê através da violência? É justo buscar justiça a qualquer preço? Não estaríamos aqui em um grande faroeste moderno? É preciso ter um pouco de calma e esperar que os verdadeiros culpados apareçam, sejam eles de que lado for, por meio das investigações, que até pelo clamor público, tem sido acelerado.
A policia não é inimiga da comunidade. Pelo contrário, é parceira da busca pelo bem estar social.
Na busca pela justiça vale até a injustiça?
CABO JÚLIO

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