CREDIBILIDADE, NOSSO PATRIMÔNIO.
"Recém-empossado com a missão de realizar um conjunto de promessas públicas divulgadas na campanha eleitoral, resumidas no slogan "Governo Sério", o governo de Mato Grosso do Sul, diante de obstáculos e desafios de toda a ordem e natureza, "resolve:
Art. único: Ficam bloqueados para acesso ao Jornal Midiamax os computadores de todos os órgaos do estado".
Esta, talvez, teria sido a redação da lei, não publicada, mas desejada pelo mentor do bloqueio imposto pelo governo estadual nos computadores das repartições públicas, "medida" que impede a leitura do Midiamax.
Insensatez, perseguição, receio, autoritatismo? Como classificar essa determinação?
Isto é coisa de "Governo Sério"? Não, certamente não é, ou o governo não é sério? Mas, deixemos ao leitor que tire suas conclusões. Afinal, o tempo ainda é o senhor da razão. Só ele para construir reputação. E só ele também para desfazer a imagem daqueles que se julgam cidadãos tão poderosos quando incumbidos pelo povo para representá-los, temporariamente.
Mas, passemos ao caso prático. Ao tomarmos conhecimento do bloqueio adotamos o silêncio. E, por que?
Primeiro, porque a medida seria inócua para quem domina as ferramentes da internet (aqui, claro, não se incluem os autores da medida). Nosso noticiário poderia ser acessado através de celular, newsletter, twitter, facebook, etc. E esses servidores com mais habilidade virtual se encarregariam de disseminar os atalhos virtuais de se chegar ao Midiamax. Bingo! Foi o que ocorreu.
Segundo, porque, desse modo, essa "façanha oficial" tornar-se-ia notícia naturalmente, os servidores se encarregariam de propagar o fato. E o assunto se alastraria.
E, assim, se deu. E soubemos que a censura alcançava o topo do governo. Figura proeminemtíssima do governo afirmou que não poderia comentar um artigo no qual era a personagem principal porque em seu gabinete "não abria o Midiamax".
E, assim, permanece. É crescente o número de posts, ligações, mensagens, telefonemas de servidores inconformados com a proibição do acesso.
E o caso chegou ao conhecimento da Associação Brasileira de Imprensa, que enviou nota ao senhor governador:
“É com grande desconforto que a Associação Brasileira de Imprensa se dirige a Vossa Excelência para lamentar e condenar a grave violação da liberdade de informação assegurada pela Constituição da República cometida por seu Governo através da Superintendência de Gestão de Informação, a qual se transformou num organismo que fere também a vedação constitucional à discriminação de qualquer natureza, como a de que é vítima agora o jornal eletrônico Midiamax".
Ainda na mensagem, a ABI recomenda ao governador que determine o fim da "violência em curso, que agride o Estado Democrátido de Direito instituído pela Carta Magna de 1988". A ABI lembra ainda ao governador da discriminação a um órgão enquanto os outros, com justiça, gozam da liberdade de informação garantida pela Consitituição.
Pronto, resolvido. A ABI classificou a ação governamental: ATO VIOLENTO.
Ato violento contra a liberdade.
Liberdade de informar, liberdade do conhecimento, liberdade de empreender, liberdade de prosperar, liberdade de contribuir, liberdade de realizar.
Ato violento é arma de quem não tem argumento, perdeu a razão. E a justiça, guardiã do direito, há de garantir nossa liberdade.
Sigamos assim, pois, exercendo nossas liberdades. Independentes.
Afinal, independência é a matéria-prima da credibilidade. E, credibilidade, não tem preço!
Saiba tudo sobre esta matèria nos links abaixo:
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