O tempo Online
Os dados fazem parte de um questionário socioeconômico da Prova Brasil
2011, aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgada em agosto do ano passado e
disponibilizados agora na plataforma QEdu: Aprendizado em Foco, uma
parceria entre a Meritt e a Fundação Lemann - organização sem fins
lucrativos voltada para educação.
De acordo com o coordenador de projetos da Fundação Lemann, Ernesto
Martins, a plataforma foi lançada há dois meses para que os dados fossem
aproveitados da melhor forma por pais, diretores e governos.
Estudante de uma escola
estadual na capital mineira, Izabel Luizi Santos, 16, confirma que o
consumo de drogas é frequente nas proximidades do colégio. "No ensino
médio é mais comum. Já presenciei pessoas fumando (maconha) na área de
lazer do colégio ou matando aula para usar drogas ou beber (álcool).
Acho que os alunos poderiam, inclusive, ter as mochilas revistadas",
diz.
A assessoria de imprensa
da Polícia Civil disse que o foco do Departamento de Investigação
Antidrogas é atingir o fornecedor de drogas que trabalha "no atacado".
No entorno das escolas, geralmente, fica o traficante que trabalha com
pequenas quantias. Nenhum representante da Polícia Militar retornou o
pedido da reportagem para comentar o assunto.
Cautela.
Segundo o coordenador do Observatório da Juventude da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), Juarez Dayrell, existe uma visão muito
negativa da juventude. "É inegável que existe o tráfico, mas não
acredito que nas escolas da capital tenha tanta droga assim, uma vez que
outros dados sobre a criminalidade não apontam esse aumento
significativo", diz.
A assessoria de imprensa
da Secretaria de Segurança, Urbana e Patrimonial de Belo Horizonte
disse que a Guarda Municipal está presente em todas as 186 escolas da
rede e que, em pouco tempo, todas as escolas terão câmeras de
vigilância.
Já a Secretaria de
Educação do Estado de Minas Gerais, que conta com mais de 3.700 escolas,
não quis se manifestar sobre o assunto e alegou, através de sua
assessoria de imprensa, que, como os dados se referem a um universo
exterior às escolas, a questão está fora do alcance e da
responsabilidade da pasta.
ESFORÇOS
Falhas são apontadas por diretores
Falhas na
segurança pública possibilitam a presença das drogas nas proximidades
das escolas. É o que acredita o diretor Alber Fernandes, da Escola
Estadual Três Poderes, em Belo Horizonte. "A escola acaba sendo muito
vulnerável. Já achei maconha dentro do banheiro da escola e trabalhamos
para evitar, inclusive, o primeiro contato. Uma sugestão seria a
constante ação policial com as blitze", afirma.
Já o presidente do
Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais, Emiro Barbini,
aponta mudanças na lei, crescimento da população e a facilidade ao
acesso como outros fatores para o aumento no consumo de drogas pela
juventude. "A escola particular tem uma atenção redobrada dentro e fora
dos muros. Algumas chegam a ter um custo maior com equipes a paisana do
lado de fora para observar qualquer movimentação", diz. (LM)
Maravilha, justo o que procurava sobre segurança patrimonial bh. Obrigada!
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