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terça-feira, 30 de abril de 2013

Carta Capital denuncia rede de espionagem de governador tucano contra políticos e jornalistas


Carta Capital 260413
Capa da revista exibe imagem de Marconi Perillo e revela reportagem exclusiva (Imagem: Reprodução/Carta Capital)
Com fundo vermelho, a capa da revista traz a imagem do tucano e o reflexo de uma sombra. Do lado esquerdo, a chamada: “Exclusivo – A central de grampos de Marconi Perillo – Nem aliados do governador goiano foram poupados da espionagem”. Reportagem de seis páginas assinada por Leandro Fortes revela que Mr. Magoo é o codinome de um cracker, contratado para grampear e invadir computadores de políticos da oposição e da base aliada, além de jornalistas.

Entre os nomes que estariam sob espionagem estão os funcionários da Rádio 730, Altair Tavares (jornalista) e Carlos Bueno (administrador), além do antigo dono da emissora, Jorcelino Braga. O deputado estadual Túlio Isac (PSDB) e o assessor de Perillo, Elaino Garcia, também estariam entre as pessoas que tiveram seus telefones grampeados pela quadrilha.
Pagamento feito ao cracker envolve cunhado de Perillo
De acordo com a publicação, o contrato foi intermediado pelos radialistas e apresentadores da Fonte TV, Luiz Gama e Eni Aquino, que teriam usado os trabalhos do contraventor em benefício próprio, para, por exemplo, tirar o nome de Gama de SPC e Serasa. Pelos serviços, o cracker recebia de R$ 500 a R$ 7 mil. “O dinheiro saía de duas fontes antes de passar pela mão do casal de radialistas, segundo documentos obtidos por Carta Capital”, informa a reportagem.

Na primeira etapa do eventual esquema citado pela revista, o responsável era o jornalista José Luiz Bittencourt e, na segunda, o cunhado de Perillo e atual secretário-estadual extraordinário de Articulação Política, Sérgio Cardoso – um dos mencionados pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal (esquema de exploração de jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal).
Invasão a computador de publicitário
O impresso dirigido por Mino Carta teve acesso a 450 mensagens trocadas entre os radialistas e o cracker, que foram entregues pelo próprio Mr. Magoo ao publicitário Gercycley Batista, vice-presidente do Partido Republicano Progressista (PRP) em Goiás, diretor de criação da agência de propaganda Canal e “um dos maiores desafetos de Perillo no estado”.

Batista possui conta no Twitter, por meio da qual faz “muitas e duras críticas ao governador tucano”. Assim, Gama e Eni teriam ordenado a invasão ao computador do publicitário e que o perfil na rede social fosse derrubado. O cracker teria entrado em contato em 2012 “aparentemente preocupado com as consequências do serviço sujo”. Em seguida, eles trocaram e-mails “em que o hacker teria descrito como eram feitas as encomendas de invasão de perfis e grampos telefônicos a pedido de Gama e Aquino”. Nessa quinta, 25, Batista entregou ao Ministério Público arquivos repassados pelo cracker, além de cópias de mensagens trocadas entre eles.
Função de Mr. Magoo
Mr. Magoo seria responsável por montar uma rede de perfis falsos, “a fim de garantir um palanque virtual de apoio a Perillo quando o governador foi depor na CPMI do Cachoeira, em 12 de junho de 2012”. Diante das manifestações contra o governador e o movimento “Fora Marconi”, desencadeado na internet, Magoo foi instruído a colocar a tag #ForçaMarconi nos trend topics, ranking de mensagens mais visualizadas no Twitter. O cracker também recebeu recomendação de enviar outras tags - antes, durante e após o depoimento do tucano para a CPMI do Cachoeira.

Segundo a reportagem da Carta Capital, a identidade de Mr. Magoo “está prestes a ser desvendada pelo Ministério Público Federal”. A matéria apurou que o cracker teria se identificado como estudante de medicina de 22 anos e que aceitou o serviço para manter os estudos e auxiliar a mãe doente.

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