Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Imprensa não cumpre papel fundamental de discutir o crime, avaliam advogados


semi2604
Advogados participaram do seminário "O Crime e a Notícia", que aconteceu nessa quinta-feira, 25 (Imagem: Nathália Carvalho)
Ao abrir a discussão, Mariz disse que estudar os fatores que geram o crime nunca foi a preocupação. "Não se discute o crime e aí eu coloco a imprensa, que tem papel fundamental na conversa e não cumpre". Para ele, não basta cobrar segurança e policiais nas ruas, é necessário encarar os fatores desencadeadores e explicar o fenômeno da criminalidade. O advogado ressalta que o país enfrenta sério problema, que é a violência sem causa. "Hoje, o crime vem do nada e sem motivo. Mas estamos mais preocupados em nos proteger individualmente do que coletivamente. Neste ponto, a imprensa precisa nos ajudar", disse.

Para ele, os prejuízos de não trabalhar o tema com profundidade trazem outras questões. "Quando acontece um crime, toda a expectativa da sociedade é pela culpa e não pela inocência. Quando se culpa, todos aplaudem. Quando se inocenta, todos reclamam. Porque a sociedade anseia por culpa, castigo e punição?", questionou. Embora reconheça que, em termos de conteúdo jornalístico, muito já foi feito, Mariz afirmou que há sensacionalismo. "Não se trata de espetáculo ou teatro, mas sim de desgraça humana. Tem que falar do assunto com responsabilidade".
Neto reforçou que o desafio de construir a boa imprensa é permanente. "Sempre haverá o bom e o mau jornalista. O desafio de construção de liberdade de imprensa que seja moral e ética ainda não está pronta". Sobre o trabalho da mídia, ele concorda que faltam informações e que a má notícia ainda predomina. "O que é o PCC, por exemplo? A imprensa não sabe ainda. Então, ora o assunto é subestimado, ora superestimado. Não vejo preocupação em fazer trabalho profundo e analítico", comentou. O advogado finalizou o painel ao afirmar que não basta simplesmente narrar o crime, mas sim fazer trabalho preventivo, interessante e inteligente.

Os profissionais participaram do evento em São Paulo, que foi realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD). O assunto sobre o papel da imprensa foi discutido durante o painel "Direito de Defesa, Imprensa e Democracia", que também contou com a presença do jornalista e professora da ECA-USP e ESPM, Eugênio Bucci.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada

politicacidadaniaedignidade.blogspot.com