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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Militantes da causa animal se movimentam contra pregão de cães da PM



Qualquer pessoa poderá arrematar cachorros de raça dispensados da PM

Jefferson da Fonseca Coutinho - Estado de Minas

 (Marcos Michelin/EM/D.A Press)
O leilão que vai decidir o destino de Odim, Atos, Naruto, Angra, Néon, Aziza, Anny, Alva, Alma e Mark, previsto para terça-feira, dia 16, mobiliza ativistas do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA). Os sete labradores e os três pastores, policiais, saudáveis e bem cuidados, têm entre 2 e 8 anos e fazem parte do agrupamento de 93 animais do canil da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), no Bairro Saudade, Região Leste de Belo Horizonte. Defensores dos bichos querem impedir o remate e levá-los à adoção responsável. "Nós gostaríamos que eles ficassem com os próprios militares. Os cães se apegam. Não podem ser arrematados e ir para a casa de qualquer um, simplesmente", sugere Graça Leal, de 63.

Há 10 anos na militância da causa dos animais, a professora e ativista teme que os cães "caiam nas mãos de criadores" ou de gente covarde, de pouca responsabilidade. Reconhece que os bichos são bem tratados pela PM, mas não aceita a ideia de "comercialização". Não acha correto o leilão. "Não queremos polêmica com a polícia. Queremos apenas o melhor para os cães", defende. Graça, da Comissão Institucional de Saúde Humana na Relação com os Animais, do Conselho Municipal de Saúde, acredita em diálogo pacífico pelo melhor futuro dos cães policiais, já que, casada com coronel, diz saber do carinho e respeito que os policiais têm pelos companheiros de quatro patas.

Alheios à mobilização dos ativistas, os cães esperam os desdobramentos da ação. Em fila, dóceis e obedientes, chamam a atenção pela beleza e pela postura serelepe, cheios de vida – dos 10, apenas dois pastores têm 8 anos. Ainda assim, maduros, apresentam-se fortes como os mais jovens. As cadelas Anny e Angra, de acordo com avaliações técnicas, deram sinais de que querem se aposentar. Não estão 100% dispostas para o trabalho policial – faro, captura, policiamento e demonstração. Odim, o belo pastor de 4 anos e olhos infantis, próximo ao cercado, em silêncio, pede para sair. Simpático, parece estar à espera de uma criança qualquer para traquinar.

Como Odim, outros cães jovens – Atos, de 3, Naruto, de 2, Néon, de 2, Alva, de 3, e Alma, de 3 – não estão "dispostos" a continuar na PM. Querem baixa do serviço militar. Capitão Cássio Antônio dos Santos, de 36, defensor dos animais da corporação, explica que as particularidades dos bichos precisam ser respeitadas: "É como gente. Tem gente que tem vocação para ser jornalista. Tem gente que tem vocação para ser da polícia". O oficial, com 19 anos de carreira, está há apenas dois meses no canil. Vindo do trabalho na academia, na formação de militares, capitão Cássio critica a ação dos ativistas no que se refere aos cães da polícia. 

"É um processo que dá lisura ao encaminhamento dos cães. Não podemos dizer para o policial levar o cão para casa. Com o leilão, damos oportunidade para que a sociedade participe", ressalta o capitão. Do outro lado, representante do MMDA fala em fim de exploração e escravidão. "Estamos empenhados, juntos às três esferas do poder público, para que os cães sejam encaminhados à adoção e não ao comércio", diz Adriana Cristina Araújo, de 42. A servidora pública, "ativista desde criança", sonha com o fim do trabalho forçado de qualquer natureza para os animais.

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