Lucas Prates/Arquivo Hoje em Dia
Semana passada, agentes de segurança fizeram uma simulação de escolta de BH
Falta pouco mais de um ano para que o Brasil receba a Copa 2014 e menos de dois meses para a Copa das Confederações 2013, mas o governo federal contratou apenas 2,6% do orçamento total de R$ 2 bilhões previstos para segurança pública. O valor corresponde a apenas R$ 52,6 milhões, segundo a Controladoria Geral da União.
Nenhum centavo do Plano de Segurança para a Copa 2014 foi executado, mesmo diante do histórico de atos terroristas em eventos esportivos, como o de segunda-feira, em Boston (EUA), e vários outros pelo mundo (veja a arte abaixo). Os recursos serão investidos em capacitação de policiais, aquisição de equipamentos e comando e controle, principalmente.
A responsabilidade pela segurança nacional nos megaeventos é do Ministério da Justiça, que foi procurado terça-feira (16), mas não retornou até o fechamento desta edição.
Apesar de os recursos ainda não terem sido investidos, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, garantiu que o Brasil está tomando todas as providências para garantir a segurança nos megaeventos internacionais que o país receberá nos próximos anos: Copa das Confederações de 2013, Copa 2014 e Olimpíadas de 2016.
“Temos confiança de que serão providências que garantirão a segurança dos eventos”, afirmou o ministro Patriota, pouco antes de um seminário, em Brasília. O Planejamento Estratégico de Segurança Para a Copa do Mundo 2014, organizado pelo ministério da Justiça, foi lançado em janeiro do ano passado.
Especialista teme 2016
Mas a missão do Brasil em garantir que nenhum atleta, dirigente, espectador ou turista seja vítima de atos terroristas não será fácil. O país não tem inimigos declarados, e os atentados mais recentes em seu território aconteceram no período dos governos militares (1964-85).
Apesar disso, como irá receber toda a comunidade internacional, o país pode ser alvo de atentados. A afirmação é do israelense Shemi Alaloof, consultor e especialista em segurança, que, no início do mês passado, participou de um seminário no Rio de Janeiro, promovido pela Aeronáutica, em parceria com a Universidade de Tel Aviv.
Para ele, os megaeventos que serão disputados no Brasil nos próximos anos apresentam alto risco de um atentado terrorista. Em entrevista ao portal www.defensa.com, o especialista apontou os Jogos Olímpicos Rio 2016, mais do que a Copa do Mundo, em 2014, como “potencialmente uma encenação perfeita para possíveis ataques terroristas”. A razão, para ele, é a heterogeneidade dos atletas, provas e público.
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