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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

domingo, 14 de abril de 2013

Dois PMs indiciados por extorsão a bancas do “jogo de bicho” em Juiz de Fora


Segundo inquérito, dois cabos exigiam parte do lucro e cobravam para antecipar dados sobre ações de combate à contravenção
pmmgDois policiais militares foram indiciados em inquérito policial militar (IPM) por extorsão a bancas de jogo do bicho localizadas nas zonas Norte e Oeste de Juiz de Fora. Além de exigirem dinheiro de parte dos lucros no negócio ilícito, eles cobravam para antecipar informações sobre futuras ações policiais de coibição do crime. Um terceiro nome, apontado como integrante do esquema, não teve a participação confirmada. Em função da gravidade do caso, o comando da polícia instaurou processo administrativo disciplinar (PAD), ainda em andamento. Transferidos para o 47º Batalhão, com sede em Muriaé, os dois envolvidos, que são cabos com pelo menos uma década de serviço, continuam na corporação enquanto o desligamento dos quadros não é definido pela comissão do PAD, cuja função é analisar se os militares têm ou não condição de permanecer na instituição.
O esquema foi descoberto no ano passado, após denúncias de um apontador, pessoa responsável pelas anotações de apostas do jogo do bicho. De acordo com os relatos, os PMs não só exigiam parte do lucro, como cobravam para dar cobertura ao negócio. Eles também são acusados de promover “arrastões” nas gavetas utilizadas pelos donos das bancas para guardar o dinheiro da contravenção.
A Assessoria de Comunicação Organizacional da 4ª Região de Polícia Militar (RPM) confirma a existência de indícios de participação nos casos de extorsão praticados em bancas de jogo do bicho, conforme apontado pelo IPM. Em função do problema, uma comissão foi instaurada em 28 de janeiro de 2013 para analisar o PAD e a conduta dos policiais. Três oficiais vão atuar na comissão. No entanto, como o processo ainda está em posse da Justiça Militar, que abriu vistas ao Ministério Público, a polícia aguarda a remessa de cópia dos autos para dar andamento aos trabalhos. Tão logo a cópia dos documentos seja remetida à polícia, o que poderá ocorrer nas próximas semanas, a comissão terá até 60 dias emitir parecer a respeito do destino dos acusados. “A comissão do PAD irá avaliar se os militares possuem condições de permanência nas fileiras da corporação, dentro dos preceitos legais do contraditório e ampla defesa, podendo os policiais serem demitidos”, explicou o assessor de comunicação organizacional da 4ª RPM, major Paulo Alex Moreira.
Independente dos trabalhos da comissão, os PMs responderão na esfera judicial. “Mesmo que eles sejam absolvidos pela Justiça Militar, a demissão dos policiais poderá ser indicada pela comissão do PAD ou vice-versa. Pode ser que eles sejam condenados, cumpram pena, mas não sejam demitidos. A decisão caberá ao comando da 4ª Região, que deverá remeter parecer ao comando geral da PM”, informou Paulo Alex.


Com informações de Tribuna de Minas

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