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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Eduardo Campos e Aécio Neves: aproximação estratégica




O PSDB vê como positiva a candidatura do governador de Pernambuco à presidência  
O projeto presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), passou a ser do interesse de outros três protagonistas políticos, todos eles tucanos. O senador Aécio Neves (MG), o governador Geraldo Alckmin (SP) e o ex-governador José Serra (SP) se beneficiam das articulações do pernambucano para disputar a Presidência da República em 2014.

O PSDB vê como positiva a candidatura de Campos, que conta com o entusiasmo até do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, hoje o principal articulador político da campanha de Aécio à Presidência.

A direção do partido avalia que a entrada do governador de Pernambuco na disputa pode ser determinante para forçar o 2.º turno entre Aécio e a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Segundo pesquisa Ibope, divulgada pelo Estado no fim de semana passado, quando Campos não está na disputa, Dilma se fortalece e tende a receber a maior parte dos votos que antes estavam com o governador.

Para os tucanos que patrocinam a candidatura de Aécio, o potencial de estrago de Campos num voo solo é menor do que aliado ao projeto governista. Isso porque, avaliam, o político do PSB não tem estrutura para manter uma candidatura competitiva.

O governador de Pernambuco, porém, está trabalhando para criar essa estrutura. Desde o ano passado, ele adotou um discurso para o empresariado do eixo Rio-São Paulo, onde estão os potenciais financiadores de campanha. Teve encontros com executivos de grandes empresas e integrantes do mercado financeiro. Também ampliou os contatos políticos de olho na montagem de palanques nos Estados.

A direção do PSDB sabe que esse é um movimento perigoso, já que a campanha de Campos pode empolgar – e ele, por sua vez, tirar votos do partido. Em 2006, ele se lançou candidato em Pernambuco e conseguiu se eleger num cenário em que havia disputa entre o partido oposicionista no Estado, o PT, e o governista, o PFL.

Alckmin também tem interesse na aproximação com o PSB. O governador mantém boa relação com o colega pernambucano e, no ano passado, ajudou a eleger o principal prefeito paulista do partido de Campos, Jonas Donizette, em Campinas. O PSB compõe a base governista de Alckmin. Tem sob seu comando a Secretaria de Turismo do Estado.

Agora, o governador tucano quer garantir o apoio do PSB para a sua reeleição no ano que vem. Conversou recentemente com os líderes do partido em São Paulo, dos quais ouviu que o apoio é possível, mas depende de palanque para Campos em São Paulo. O PSB nacional precisa de entrada entre os paulistas, ao mesmo tempo em que Alckmin quer evitar que o aliado lance um candidato próprio. Os tucanos não descartam conceder apoio branco a Campos, com o governo paulista dando uma mãozinha para ele no Estado.

Além de Aécio e Alckmin, Serra ensaia aproximação estratégica com Campos. Há cerca de dez dias o ex-governador reuniu-se com o pernambucano e depois o elogiou, dizendo que a sua candidatura era “boa” para o País.

No momento em que há uma disputa por espaço na direção do PSDB com o grupo de Aécio, o encontro foi interpretado internamente como um recado, já que Serra poderia migrar para o PPS, onde apoiaria a campanha de Campos. O encontro vazou para a imprensa dias antes de o PSDB paulista receber Aécio como presidenciável do partido e aumentou a preocupação interna sobre a saída de Serra da sigla.

Interesse. Para o governador de Pernambuco a aproximação com os tucanos também é positiva. Se resolver ser candidato, Campos não quer ser um nome antigoverno. Mas, pelo menos agora, o flerte com o partido da oposição cumpre o seu papel. Ameaça o PT e aumenta o seu passe, numa eventual negociação com o Planalto para retirar a sua candidatura em 2014. Também dá a ele musculatura política no Sudeste, berço eleitoral do PSDB, caso entre na corrida.

Nos últimos meses, o governador se encontrou com economistas ligados aos tucanos. Recebeu no Palácio do Campo das Princesas representantes da Casa das Garças, centro de estudos em política econômica formado por economistas da era FHC.

Também ponderou o discurso sobre o PSDB e tem destacado a contribuição do governo FHC. “Isso não quer dizer que não tenhamos críticas, mas não estávamos certos lá atrás quando dissemos que o Plano Real era um fiasco”, afirmou em fevereiro, em viagem ao agreste de Pernambuco. “A esquerda brasileira errou e é preciso ter humildade para reconhecer.”
Fonte: CenarioMT

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